“Foi na festa da escola que tudo começou” e nunca mais parou. Há 22 anos, “quando conversavam lá na praça”, dois amigos de Campo Grande se juntaram e, juntos, escreveram uma música. Mal sabiam os MCs Coiote e Raposão que o “Rap da Estrada da Posse” até hoje faria sucesso e deixaria a via e outros pontos da região na boca de muita gente.
— Nós
tínhamos outras duas músicas, mas elas não empolgaram tanto como o “Rap da
Estrada da Posse” — conta André Luiz Costa, de 40 anos, o Coiote, que mora até
hoje em Campo Grande: — Na década de 90, tinha um clube no bairro que fazia
concursos de rap, e foi num deles que o produtor de Cidinho e Doca (outra dupla
de funk da época) ouviu nossa música e falou: “Vocês precisam gravar”.
Coiote e
Raposão ainda estão juntos e seguem cantando por todo o Brasil.
— Nunca paramos, e é o que a gente gosta de fazer.
Acho que o país precisa de mais funk do bem, como o nosso — diz Alexsandro da
Fonseca, de 39, o Raposão, atual morador de Nova Iguaçu.
Nascido na
Serra Alta, onde mora até hoje com a mulher e os dois filhos, Coiote lembra com
saudade a época em que o rap foi escrito.
— A praça da
música é a Praça São Victor, onde todo mundo se reunia antigamente. Éramos um
grupo e ficávamos lá batendo papo e pensando em músicas. O rap estava em alta
na época — lembra o funkeiro, que chegou a ter um conjunto com Raposão e mais
três amigos, o Grupo da Amizade, antes de formar a dupla com o amigo:
— A gente tinha bastante influência de cantores como Cidinho, Doca, Claudinho e Buchecha, que cantavam o rap melody, mais romântico. Aí resolvemos embarcar nessa.
— A gente tinha bastante influência de cantores como Cidinho, Doca, Claudinho e Buchecha, que cantavam o rap melody, mais romântico. Aí resolvemos embarcar nessa.
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